Vauso
Claro! Abaixo está uma versão reescrita da sua cena com diálogos, pensamentos dos personagens e uma narrativa mais clara e estruturada. Eu mantive a tensão dramática, mas corrigi a ortografia, pontuação e organizei melhor as falas e ações para torná-la mais compreensível. Se quiser, posso adaptar o tom para algo mais leve, mais sombrio ou mais realista, dependendo do objetivo.
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Cena: A Noite da Fiscalização
Era noite na ala juvenil do presídio. Um clima estranho pairava no ar. O guarda subornado, Barbosa, passava pelos corredores como de costume, mas hoje ele trazia algo mais que vigilância.
Barbosa (sussurrando para um detento):
— Tá tudo certo. Bebida, cigarro... e a mulher também tá chegando. Fiquem de olho.
Logo, uma mulher entra discretamente, vestida para impressionar, mesmo no ambiente grotesco da prisão. Os jovens da ala de Felipe vibram em silêncio. A "festa" começa.
Felipe (pensando):
"Isso é surreal... Como isso tá acontecendo aqui dentro? Mas... melhor aproveitar."
Um dos garotos leva a prostituta para um canto escondido. Logo depois, é a vez de Felipe. Tudo parece seguir conforme o combinado — até que um grito corta o clima.
Guarda da torre (gritando):
— DIRETOR NO PÁTIO! DIRETOR NO PÁTIO!
Pânico. Portas se abrem, passos apressados ecoam. O diretor aparece do nada, furioso, e encontra os jovens em flagrante.
Diretor (berrando):
— O QUE É ISSO AQUI?! VOCÊS ME PAGAM!
(olha para Barbosa)
— Você! Pra casa. AGORA. TÁ FORA!
Barbosa abaixa a cabeça, sem discutir. O diretor chama outro guarda da ala vizinha, um brutamontes chamado Gerson.
Diretor:
— Gerson, leva esses moleques pra quadra. Quero ver eles sofrendo.
Gerson:
— Pode deixar comigo. Vocês vão pagar... com 60 cangurus!
Felipe (confuso, cochichando para o colega):
— Canguru? Que diabos é isso?
Na quadra, os doze jovens estão enfileirados. Gerson encara todos com frieza.
Gerson:
— Algum de vocês nunca pagou canguru?
Felipe levanta a mão, hesitante. Outros três fazem o mesmo.
Gerson (sorrindo de canto):
— Ótimo... vou mostrar pra vocês. Todo mundo pelado. AGORA!
Felipe (indignado por dentro):
"Isso é humilhante... que merda tá acontecendo?"
Mesmo relutantes, os doze jovens tiram a roupa. Gerson aponta para um veterano musculoso, já acostumado com o ambiente.
Gerson:
— Você. Mostra pra eles como se paga um canguru.
O veterano dá um passo à frente, com expressão vazia, como se já estivesse acostumado.
Gerson:
— Prestem atenção, novatos.
O veterano se agacha até quase tocar o chão, depois se levanta.
Veterano (gritando ritmado):
— UM, DOIS! UM, DOIS!
Ele estica os braços pra frente, vira a cabeça para a esquerda, depois para a direita, repetindo:
Veterano:
— UM, DOIS! UM, DOIS!
Ele se vira de costas, agacha mais uma vez, levanta. Em seguida, segura o próprio saco e faz outro agachamento.
Felipe (pensando, em choque):
"Isso é tortura. Isso não é punição... é um ritual sádico."
O veterano para e fica imóvel.
Gerson:
— Isso é um canguru. E vocês vão fazer SESSENTA. Cada um.
Alguns detentos resmungam:
Detento 1:
— Ah, não... sessenta não, mano...
Gerson (gritando):
— QUEREM MAIS? ENTÃO FAZ CALADO!
Felipe respira fundo. Não há escolha. Ele encara o chão, tentando ignorar a vergonha, o medo, e o ódio crescendo dentro dele.
Felipe (pensando):
"Um dia... eu saio daqui. E nunca mais volto."
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Se quiser continuar essa história, explorar as consequências desse episódio ou mudar o rumo (fuga, justiça, transformação pessoal, etc.), posso seguir com você.
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