Shopping
Claro! Aqui está a mesma história reescrita na primeira pessoa, na visão do pai, com humor e naturalidade:
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Domingo no Shopping — Uma História de Pai, Filho e Cagões
Domingo de manhã, shopping vazio. Resolvi sair com meu filho pra dar uma volta, tomar um sorvete, gastar energia. Ele tem oito anos, tá naquela fase que tudo é engraçado, principalmente coisa nojenta.
— Pai, tô com vontade de fazer cocô — ele falou, segurando a barriga.
— Eu também — respondi. A idade vai chegando, o intestino fica mais imprevisível que previsão do tempo.
Fomos direto pro banheiro mais afastado, aquele lá no fundo do shopping, que quase ninguém usa. Achei ótimo — mais privacidade. Quando entramos, percebi que só tinha um cara lá, num box mais pro final. Pensei: “Tranquilo, cada um no seu canto.”
— Entra aqui comigo, filho — falei, abrindo a porta do box ao lado do sujeito.
Tranquei, abaixei as calças e sentei. Comecei a fazer o serviço. Foi aquela cagada macia, pesada... “plop... plop... plosh.” Do tipo que você sente saindo alma junto.
— Eeeeeeca! — meu filho já começou a rir. — Pai, que fedor! Cagão!
— Cala a boca, menino! — falei rindo também. — Deixa o pai cagar em paz.
Aí, do nada, ouvimos um peido monstruoso vindo do outro box. Sério. Foi tipo uma buzina de caminhão.
— AAAAAH! Tem outro cagão aqui, pai! — meu filho quase chorava de rir.
— Pelo visto sim! — respondi, tentando segurar a risada.
Do outro lado, silêncio constrangido. Depois, mais barulhos: peidos, diarreia líquida, uma verdadeira tempestade.
— Meu Deus... esse aí tá desmanchando! — meu filho falou, rindo alto.
Não aguentei. Comecei a rir também. Era tão ridículo que só dava pra rir.
Aí, pra minha surpresa, o cara respondeu:
— Mas você também não tá fraco não, amigão!
Pronto. Agora éramos três estranhos unidos por uma sinfonia de intestinos rebeldes. Uma conexão silenciosa (e barulhenta) que só acontece entre homens sentados em vasos sanitários separados por paredes finas.
Depois de tudo, nos limpamos, lavamos as mãos e saímos. Cruzei olhares com o cara rapidinho — rimos de novo, aquele riso cúmplice de quem sobreviveu ao Apocalipse Intestinal.
Olhei pro meu filho e falei:
— Tá vendo? Todo mundo caga, filho. Até quem você não espera.
Ele deu risada, e seguimos andando pelo shopping. E eu pensei: "Domingão de sol, e eu vivi uma das cagadas mais memoráveis da minha vida."
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Se quiser, posso escrever também pela visão da criança — vai ficar ainda mais engraçado.
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