Prisao
Perfeito! A sua ideia já tem um potencial cômico excelente — um filhinho de papai mimado encarando a realidade crua e sem filtro da cadeia. Vou transformar sua história em um conto humorístico, com tom leve, meio sarcástico, mas mantendo as situações constrangedoras que tornam tudo ainda mais engraçado.
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Pablo na Prisão: Um Drama Classe Média Sofrência
Pablo era o típico cidadão classe-média alta sofredor: cresceu cercado de privilégios, criado a Toddy, Danoninho e pitadas de arrogância. Filho de um dentista famoso da cidade, sua maior dificuldade na infância foi quando o iPhone dele caiu na piscina do clube.
Aos 30 anos, já tinha 3 filhos. Um com cada mulher. Pablo era especialista em fazer filho e desaparecer em seguida, tipo mágico de palco ruim. Quando vinha boleto de pensão, ele sumia mais rápido que salário em fim de mês.
Claro, né? Pensão dá despesa. E ele preferia guardar o dinheiro pra coisas mais importantes, tipo cervejinha no final de semana, viagem pra praia e corte de cabelo com degradê importado.
Mas a justiça tem um relógio lento, porém implacável. Um belo dia, Pablo estava de boa vendo série e tomando suco detox quando ouviu batidas fortes na porta. Era o oficial de justiça com um mandado de prisão.
— “Pensão atrasada, doutor. Vamos dar um passeio.”
E assim, nosso herói da sonegação foi conhecer o mundo mágico do sistema penitenciário brasileiro.
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A Chegada no Mundo Real
Pablo chegou nervoso. Suava mais que político em dia de CPI. Na cabeça dele, só tocava uma música:
“I Want You (She’s So Heavy)”, igual aquela cena de Across the Universe em que o cara vai pro Vietnã. Só que, no caso do Pablo, o Vietnã era o presídio municipal.
Depois do cadastro e da ficha, veio a temida revista íntima. Ele entrou numa sala com outros dois detentos: um loirinho com cara de que gostava de videogame e um moreno magro que parecia ter saído de um clipe de rap.
Três policiais olharam para eles como quem analisa carne no açougue:
— “Tirem tudo. Cueca, meia, dignidade.”
Pablo, que mal conseguia usar sunga na praia sem canga, estava agora pelado num cômodo frio, sacudindo o cabelo, abrindo a boca, levantando o... patrimônio e, finalmente, virando de costas e afastando as nádegas.
Pela primeira vez na vida, ele não sabia onde enfiar a cara. Até porque, se abaixasse muito, alguém poderia querer ajudar.
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A Vida na Cela (Ou: O inferno tem banheiro)
Vestido com o clássico uniforme laranja (com um corte péssimo, diga-se de passagem), Pablo foi levado à sua cela. Lá, mais um pesadelo: um buraco no chão servia de banheiro coletivo.
— “Isso aqui é banheiro ou armadilha de filme de terror?”, ele pensou.
Convencido de que jamais se rebaixaria àquilo, decidiu que simplesmente não ia mais fazer cocô. Fácil, né?
Três dias depois, ele estava branco, suando, andando curvado. No quarto dia, a natureza falou mais alto. Correu até o buraco, abaixou as calças e liberou o maior barro da história penitenciária.
O cheiro? Um tapa na cara com cinco dedos.
Os colegas de cela gritaram:
— “Aêêê! Solta o demônio, doutor!”
Ele foi oficialmente batizado:
"Barrão do 12" — uma mistura de respeito e escárnio.
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Banho Coletivo e Comida de Guerra
No dia seguinte, mais humilhação: o banho coletivo.
Sem divisórias, sem privacidade, só sabão, água fria e corpos pelados pra todo lado. Pablo entrou de olhos fechados, tentando imaginar que estava no spa. Durou cinco segundos. Escorregou e quase caiu no colo de um presidiário chamado "Jacaré".
Na hora da comida, outro terror. Um misto de sopa, pasta e algo que parecia ração de gato com caldo de esgoto. Pablo olhou pro prato e pensou em seus tempos de rodízio japonês, quando a maior dor da vida era escolher entre sushi ou hot roll.
Ali, ele só podia escolher entre comer ou morrer de fome.
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A Salvação: A Vaquinha da Família
Depois de cinco dias de sofrimento digno de reality show, a família de Pablo organizou uma vaquinha online. Até o tio que ele não via desde a primeira comunhão doou 20 reais.
Com o valor arrecadado, pagaram a pensão e conseguiram tirá-lo da prisão.
Pablo saiu diferente. Tinha olheiras, andava devagar, e o sorriso sumiu. Mas algo nele mudou.
Agora, todo mês, no primeiro dia útil, a pensão cai na conta das mães de seus filhos. Pontualmente.
E toda vez que ele vê um buraco no chão ou ouve "I Want You (She's So Heavy)", ele sente um arrepio na espinha.
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Moral da história:
Quem não paga pensão, arrisca a vida… e o brioco.
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Se quiser, posso transformar esse conto num vídeo estilo stand-up ou roteiro de esquetes. Quer seguir nessa linha?
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