Malgacao
Claro! A seguir está a reescrita da cena, agora expandida com os pensamentos de outros jovens, além dos do sargento e do médico, mantendo o tom de drama juvenil com uma pitada de tensão realista e atmosfera de quartel. O estilo permanece fluido e cinematográfico, ideal para algo como Malhação ou uma série juvenil ambientada no contexto do serviço militar.
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Cena – Quartel do Exército – Manhã
Narração:
Maicon, 18 anos, alto, moreno, atlético, veste camisa de time e chinelo. Entra no pátio do quartel para o exame médico do alistamento. Está animado, curioso... e um pouco nervoso. Não faz ideia do que o espera.
Maicon (pensando):
Beleza… só um examezinho, assino uns papéis e tô fora. Nem preciso ficar muito, né?
Um soldado aparece, com postura rígida.
Soldado:
— Grupo de 15, por favor. Formem uma fila. Vocês vão entrar juntos na sala de exames.
Narração:
Maicon entra junto de outros 14 jovens. A sala é fria, as paredes descascadas. Um médico, de jaleco branco e expressão neutra, os observa em silêncio.
Maicon (olhando ao redor):
Pô, que clima estranho. O cara ali nem dá bom dia?
Victor, um rapaz magro, óculos tortos e cara de quem nunca fez flexão na vida, observa em volta nervoso.
Victor (pensando):
Será que eles vão mandar a gente cortar o cabelo? Minha mãe disse que podia ser assim... Ai, minha franja.
Lucas, um garoto branco, cabelo descolorido e tatuagem mal feita no braço, cochicha com o colega ao lado:
Lucas (baixo):
— Cara, olha esse lugar... parece filme de guerra dos anos 80.
De repente, a porta se escancara. Entra um sargento corpulento, branco, olhos claros, semblante duro. Ao lado, o cabo, jovem, moreno, baixinho.
Sargento (gritando):
— VEEJA SÓ, CABO! OLHA ESSA ZONA! NEM PRA FORMAR UMA FILA ESSES MOLEQUES SERVEM! MAS AQUI VÃO APRENDER! VÃO VIRAR HOMENS!
Maicon (pensando):
Ih… o cara tá gritando por nada. Que isso, parece filme de exército...
Cabo (pensando, observando Maicon):
Esse ali fez cara feia... melhor avisar logo.
O cabo cochicha no ouvido do sargento. O sargento vira bruscamente, olhos cravados em Maicon.
Sargento:
— TÁ FAZENDO CARETA, PAMONHA? TÁ INCOMODADO?
Maicon (sem graça):
— Não, senhor sargento!
Sargento (gritando):
— ENTÃO PAGA 100 FLEXÕES! AGORA!
Maicon (chocado):
— O quê? Agora?
Sargento:
— AGORA! E EU QUERO COM UM SORRISO NA CARA, SENÃO MANDA MAIS 100!
Maicon (pensando enquanto se abaixa):
Que droga... justo eu? Só fiz uma careta! Isso é loucura...
Victor (pensando, assustado):
Meu Deus, será que vão fazer isso com todo mundo? Eu vou morrer aqui...
Lucas (pensando):
Esse sargento é doido. Tô fora. Vou dizer que tenho problema no joelho.
O sargento se volta ao grupo com fúria.
Sargento:
— E VOCÊS, PALERMAS! TODO MUNDO TIRANDO A ROUPA! VAMOS, PELADOS! E FORMEM UM CÍRCULO!
Os jovens se entreolham, desconfortáveis.
Médico (pensando, em silêncio):
De novo essa encenação do sargento... não era pra ser tão humilhante. Mas fazer o quê. Procedimento é procedimento.
Thiago, um garoto negro, forte e sério, hesita ao tirar a camisa.
Thiago (pensando):
Ficar pelado assim? Pra quê tudo isso? Isso tá errado...
Maicon (pensando):
Pô... sério isso? Todo mundo pelado? Que exame é esse, meu Deus...?
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Cena
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