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Grande Aventura de Cidinho no Exército"
Os dias passavam como uma eternidade para Cidinho. E não só ele, mas todos os outros também eram constantemente "premiados" com plantões intermináveis e exercícios que mais pareciam tortura psicológica. Mas o pior ainda estava por vir.
Certo dia, um dos amigos de Cidinho, o Vidinho (sim, o nome era uma indicação do destino), teve uma grande discussão com outro soldado. O barraco foi tão feio que até o sargento se envolveu, e ele, já com aquele jeitão de quem adora dar ordens cruéis, mandou o soldado ficar pelado na quadra com os braços levantados. Uma hora inteirinha, no sol quente, sem direito a nem uma sombrinha.
Os outros soldados não sabiam se riam ou se ficavam chocados, mas Cidinho, com sua eterna cara de quem viu um fantasma, pensou: "Espero que nunca aconteça comigo... nunca..."
Mas como a vida no exército gosta de brincar com os sentimentos de quem está de fora, um belo dia, Vidinho e mais dois amigos resolveram resolver as coisas na base da briga de socos. Foi aquele quebra-pau clássico, do tipo que só o exército sabe fazer: todo mundo se estapeando, gritando e um monte de gente tentando separar. Quando finalmente o sargento conseguiu colocar ordem no caos, ele teve uma ideia, daquelas que só quem já passou por um diploma de "Mestre em Humilhações" poderia ter.
Ele mandou os seis brigões ficarem pelados de novo, mas dessa vez com os braços esticados para a frente. E aí, meus amigos, era uma hora de puro sofrimento e humilhação. Cidinho, já na sua, pensou: "Eu não acredito, esse é o momento mais vergonhoso da minha vida". A galera na quadra parecia mais um desfile de estatuetas, só que sem glamour, e Cidinho sentiu que seu ego estava se evaporando mais rápido que água no deserto.
Os meses se passaram e, com eles, muitos outros momentos de desconforto e humilhação. Já não bastava a saudade de casa e o calor do uniforme, agora Cidinho tinha a sensação de que o exército inteiro estava planejando suas próprias versões de "A vingança dos pelados".
Finalmente, chegou o dia da formatura. Cidinho nem sabia mais se estava aliviado ou se simplesmente queria fugir para sempre daquele lugar. Mas, com a cara de quem estava pronto para deixar tudo para trás, ele cantou o hino com fervor. Só que, entre um "Brasil, meu Brasil brasileiro!" e outro, o que passava na sua cabeça era: "Por favor, que nunca mais eu precise voltar aqui!"
Quando a cerimônia acabou, Cidinho não teve nem coragem de olhar para trás. Com raiva do exército, mas com uma sensação de liberdade que ele nunca imaginou que teria, ele foi embora. A única coisa que ele tinha certeza era que, se algum dia alguém lhe perguntasse sobre a experiência militar, ele teria apenas uma palavra para responder: "Nunca mais!"
Espero que tenha curtido a versão mais leve e engraçada!
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