Causo
Perfeito! Vamos deixar Ricardo bem caracterizado: homem branco, alto, barba preta, sempre de jeans, cinto e botina marrom. Um porteiro rústico, raiz, do tipo que parece saído de uma oficina mecânica, mas que trabalha firme na Santa Casa.
Aqui vão mais três histórias da saga do Ricardo "Metralhadora", agora com a descrição dele aparecendo naturalmente nos contos:
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História 4: A Enfermeira Perdida
Era final da tarde quando uma enfermeira recém-contratada, chamada Camila, desceu até o térreo à procura de um banheiro, já que os do andar dela estavam em manutenção. Perguntou para um funcionário da manutenção:
— “Tem banheiro aqui embaixo?”
— “Tem sim, mas… é do vestiário dos rústicos. Se tiver coragem…”
Ela riu, achando que era brincadeira. Desceu os poucos degraus e entrou no vestiário.
Ali dentro, o ambiente estava vazio. Ou quase.
Ela deu dois passos e ouviu uma descarga. Depois, o som mais absurdo que já tinha escutado dentro de um prédio hospitalar:
— TÁ-TÁ-TÁÁÁÁ-BRUUFFF!
O susto fez ela parar. Do banheiro saiu um homem branco, alto, de jeans azul, cinto largo, botina marrom e uma barba preta bem marcada. Parecia um lenhador. Ele limpava as mãos com uma toalhinha de papel, com cara de alívio e zero culpa.
Camila, estática, só conseguiu perguntar:
— “Tá tudo bem aí dentro…?”
Ricardo sorriu e disse:
— “Agora tá, minha filha. Pode entrar se quiser. Só espera uns... dez minutos.”
Camila nunca mais tentou usar aquele banheiro.
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História 5: O Dia da Vistoria da Direção
Era o temido “dia da vistoria” da chefia da Santa Casa. A diretora administrativa, acompanhada de duas coordenadoras e um engenheiro, decidiu visitar os setores mais “esquecidos” do hospital — inclusive o vestiário dos rústicos.
No exato momento em que todos estavam reunidos ali dentro, o som do inconfundível “CLAC!” da porta do banheiro soou.
— “Ah não, justo hoje…”, sussurrou um motorista.
Dentro do banheiro, Ricardo Metralhadora — o homem branco, alto, de barba preta, jeans surrado e botina marrom — já estava no meio do procedimento.
O silêncio tenso foi quebrado por um:
— PFRRRTTT... TÁÁÁÁÁ-BRUFF-BRAFF-BRUUFFFF...
A coordenadora de enfermagem arregalou os olhos. A diretora cobriu o nariz com a mão.
— “Isso é sério?” — perguntou ela, com voz esganiçada.
O engenheiro, sem jeito, tentou mudar de assunto, mas era impossível competir com o cheiro que invadia o ambiente como gás de pimenta.
Ricardo saiu sorrindo, encarou o grupo e disse:
— “Boa tarde! Vão querer dar uma olhadinha no banheiro também?”
A diretora não respondeu. Apenas fez meia-volta e saiu às pressas.
O vestiário ficou em silêncio. Então alguém comentou:
— “Missão cumprida. Não precisa nem reforma mais. Ninguém vai voltar aqui tão cedo.”
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História 6: O Concurso de Peido Invisível
Era hora do café da tarde, e os caras do vestiário estavam mais animados que o normal. Alguém havia lançado uma “brincadeira” no grupo do WhatsApp dos funcionários: “Quem soltar o peido mais fedido no vestiário, hoje, ganha uma coxinha e uma Pepsi.”
As regras eram simples: nada de barulho, só cheiro. Tudo no sigilo. Um por vez.
Os candidatos começaram: um motorista, um técnico da manutenção, até um cara da coleta tentou. Mas nada que realmente marcasse território.
Foi então que a porta do vestiário se abriu lentamente. Entrou ele: Ricardo. Alto, de jeans firme, botina marrom e barba preta bem aparada.
— “Que palhaçada é essa que tão fazendo aí?” — perguntou, curioso.
Explicaram o desafio.
Ricardo sorriu.
— “Ah… então é hoje.”
Foi direto pro banheiro, sem dizer mais nada.
Lá dentro, silêncio absoluto. Nenhum barulho. Apenas... o tempo passando.
De repente, começou. Uma onda invisível, mas real. Um cheiro que parecia mistura de ovo com pneu queimado e peixe morto. Um técnico da coleta largou o pão na hora. Outro foi pra porta.
Um minuto depois, Ricardo saiu calmo, fechando a porta atrás de si.
— “Já era. Entrega a coxinha aí.”
Ninguém discutiu. Ele ganhou por W.O.
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Se quiser mais histórias, posso continuar essa saga. Podemos colocar Ricardo em situações como:
Treinamento de novos funcionários
Inspeção da vigilância sanitária
Um churrasco da equipe
Um dia que o banheiro estava interditado
É só dizer!
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