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"O Caos no Barco do Preta"
O sol rachava o couro dos pescadores como se quisesse fritar todo mundo vivo. O barquinho de alumínio flutuava preguiçoso sobre as águas marrons do rio, com seis marmanjos que estavam ali havia dias — sem banho, sem higiene, só no peixe frito, cerveja quente e conversa fiada. Um verdadeiro festival de suor, fedor e risada.
No meio da bagaceira estava Igor, vulgo “Preta” — um cabra sofrido, que fazia três dias que só andava curvado, suando frio e lutando contra uma caganeira de guerra. O homem já tinha vomitado na beirada do barco, se tremido todo durante a noite e, agora, só vestia uma cueca branca que já não merecia ser chamada de branca.
— Galera… eu não tô aguentando mais não… é agora! — gritou Igor, segurando a barriga como se tivesse um demônio querendo sair.
— Vai cagar no balde, doido! — disse Totonho, já gargalhando.
— Que balde, fi? Esse aí derrete o fundo do balde com esse veneno! — respondeu Xande.
Sem responder, Igor se atirou no rio com um gemido de desespero. O mergulho foi mais um tropeço que um salto — um corpo suado e trêmulo cortando a água, seguido de um silêncio respeitoso... por uns três segundos.
— Eitaaaa, olha a Preta cagando no rio, meu Deus! — gritou Dudu, sacando o celular. — Ô produção, foca ali no cagão!
A galera explodiu de rir. Ninguém teve piedade. Era dedo apontando, cerveja espirrando do riso, e o barco quase virando de tanto escárnio.
— Nem pra cagar ele presta! Vai morrer afogado cagando! — gritou Xande, se mijando de rir.
— A água tá subindo, deve ser o tolete do Preta boiando! — berrou João, fazendo os outros quase cair na água.
— Filma de pertinho, Dudu! Quero ver a cara de sofrimento! — gritou Beto, com lágrima no olho de tanto rir.
Igor, indignado, com metade do corpo boiando e o resto ocupado pelo serviço sujo, olhou pra cima:
— Ô, seus filha da mãe, para de filmar, pô! Respeita minha dor aqui!
— Que dor, rapaz? Tu tá é parindo um peixe! — respondeu Totonho.
— Tá filmando sim! Isso vai direto pro grupo da pescaria 2025! — disse Dudu, aumentando o zoom com maldade.
Depois de mais uns minutos de humilhação pública e bolhas sinistras subindo à superfície, Igor finalmente nadou de volta e subiu no barco, pingando e ofegante, mas com um leve sorriso no rosto.
— Cês podem rir o quanto quiserem… mas o cagão foi gostoso demais, viu?
O barco vibrou com mais zoeira, assobios e aplausos sarcásticos. Antes que o vídeo fosse encerrado, Igor, todo molhado e ainda só de cueca, encarou a câmera, abriu aquele sorriso safado e deu uma pegada forte, desafiadora, no próprio pênis.
— Tá aí, ó... pra completar o show! — disse ele, piscando pra lente.
A filmagem acabou ali, entre gargalhadas, um “meu Deus do céu” vindo do fundo do barco e alguém dizendo:
— Esse barco não é de pesca, é de doido mesmo!
Se quiser transformar isso em vídeo, animação, roteiro de stand-up ou até um cordel nordestino escrachado, posso adaptar fácil. É só pedir!
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