Causos

 

Cidinho e a Retaguarda em Perigo”

Personagem principal: Cidinho, 27 anos, ansioso, teimoso e com pavor de médicos.


[CENA 1: SALA DE ESPERA – CONSULTÓRIO DO DR. MARCONDES, PROCTOLOGISTA]

Cidinho está sentado, suando, lendo uma revista de 2017 com as mãos trêmulas. Ele olha ao redor, tentando disfarçar o nervosismo.

Cidinho (pensando):
“Sangramento deve ser só uma fissura... coisa boba. Ele só vai olhar, ver que tá tudo certo e pronto. Nem vai precisar encostar.”

A porta abre. Surge a recepcionista:

Recepcionista:
— Senhor Cidinho? Pode entrar.

Ele levanta como quem vai pro paredão. Entra na sala do médico, um ambiente limpo, com cheiro de álcool e... destino.


[CENA 2: CONSULTÓRIO – DR. MARCONDES]

Dr. Marcondes (tranquilo, profissional):
— Boa tarde, Cidinho. O que te traz aqui?

Cidinho (tentando rir):
— Ah, doutor... andou saindo um sanguezinho. Deve ser nada... só pra garantir.

Dr. Marcondes:
— Vamos examinar então. Fique tranquilo, é rápido.

Cidinho (pensando, aliviado):
“De boa... ele vai olhar ali rapidinho e acabou.”

Dr. Marcondes (calmo):
— Pode tirar a calça e a cueca, por favor, e ficar de quatro na maca.

Cidinho (congelando):
— De... de quatro?

Dr. Marcondes:
— Isso. Vai ser mais fácil pra visualização.

Cidinho (pensando em pânico):
“VISUALIZAÇÃO??? Mas era só pra olhar, não era um ritual medieval!”

Ele obedece, tentando manter a dignidade, mas ela já escapou da sala segundos atrás.


[CENA 3: O EXAME COMEÇA]

Dr. Marcondes:
— Só vou lubrificar e examinar o canal anal com o dedo primeiro, tá?

Sem mais avisos, o médico começa o exame. Cidinho dá um pequeno grito instintivo.

Cidinho:
— Ai!

Cidinho (pensando, suando frio):
“Isso não é toque, é invasão. Meu Deus, isso é normal?”

O médico continua o exame com calma, girando o dedo para examinar as paredes do reto.

Cidinho (tremendo):
“Ele tá mexendo tipo quem procura moeda no sofá…”

Dr. Marcondes:
— Agora vamos ao reto... escopo.

Cidinho (confuso):
— Reto... o quê?

Dr. Marcondes (pegando o aparelho):
— Retoscópio. Instrumento para olhar o interior do reto. É um pouco maior, mas necessário.

Cidinho (olhando o tubo de 25 cm):
“MAIS??? QUE RAIO DE FLIPERAMA ANAL É ESSE???”

O médico começa a introduzir o aparelho com cuidado, mas o desconforto é visível. Cidinho geme alto.

Cidinho:
— Uuuuuhhh!

Cidinho (com os olhos arregalados):
“Isso é tortura legalizada. Eu vou processar alguém.”

Dr. Marcondes (calmo, sem alterar o tom):
— Respira fundo... incomoda, mas é rápido. Já estamos quase lá.

Cidinho (quase chorando):
“QUASE ONDE? NO CÉREBRO???”


[CENA 4: EXAME TERMINA]

Dr. Marcondes:
— Pronto. Pode se vestir.

Cidinho se levanta devagar, como quem saiu de uma guerra que não escolheu. O médico lava as mãos tranquilamente, como se tivesse acabado de consertar uma impressora.

Cidinho (pensando):
“Será que ele faz isso comendo pão depois?”

Cidinho (vestindo-se, tímido):
— E... tá tudo certo?

Dr. Marcondes:
— Aparentemente sim. Mas vamos fazer alguns exames só pra confirmar. Nada grave.

Cidinho (balançando a cabeça, desorientado):
— Obrigado, doutor...


[CENA 5: SAINDO DO CONSULTÓRIO]

Cidinho sai da sala lentamente, sem olhar ninguém nos olhos. Abre a porta da rua como quem está vendo o mundo pela primeira vez.

Cidinho (pensando):
“Eu sou muito novo pra passar por isso... Mas pelo menos não tô morrendo.”

Ele anda alguns metros... para... e murmura pra si mesmo:

Cidinho:
— Mas precisava ser DE QUATRO??


Se quiser, posso transformar isso em roteiro para vídeo, teatro ou mesmo expandir como conto. Deseja algo mais humorado, mais dramático ou até com final reflexivo?


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