Causos
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História de Cidinho, o Pescador Cagão
Cidinho sempre foi um cara tranquilo, com uma vida simples, mas, como todos os homens, ele valorizava o conforto de sua casa quando precisava fazer suas necessidades. No sofá, com um jornalzinho, ele podia relaxar e deixar o mundo girar enquanto se aliviava. Só que tudo mudou depois da cirurgia de vesícula. A situação virou um caos. Era só ele comer alguma coisa que logo sua barriga começava a gritar e a dar sinais de que era hora de correr para o banheiro, fosse onde fosse. E, assim, Cidinho ganhou o apelido de “Cidinho, o Cagão”.
Mas a vida de Cidinho, como pescador, sempre foi sua válvula de escape. Ele preferia segurar a vontade e esperar até chegar nas casas alugadas nas pescarias do que se arriscar a cagar no mato. Contudo, após a cirurgia, não tinha jeito: bastava a barriga dar o primeiro sinal, e ele já precisava dar um jeito, nem que fosse onde estivesse.
Um dia, seus amigos o chamaram para uma pescaria no mar. O barco era bonito, grande, e parecia tudo perfeito. Todos estavam animados. “Esse barco é maravilhoso!” disse Zé, um dos pescadores. “Nunca pesquei em algo tão legal assim!”
Cidinho, que estava mais quieto, só pensava: "Será que vai ter banheiro no barco? Não tem um lugar ali onde eu possa me esconder? Ai, Deus, será que eu vou aguentar?".
Quando chegaram ao barco, Cidinho olhou e viu que realmente não havia banheiro nenhum. E, como ele já sabia, a comida sempre era uma armadilha. Almoçaram e, logo depois, ele sentiu aquela pressão. “Ah não... de novo! Não acredito que isso vai acontecer aqui!”
Cidinho olhou para os outros pescadores e, com a voz tremendo, perguntou:
— Galera, cadê o banheiro?
Os pescadores olharam ao redor, mas logo perceberam que o barco não tinha nada do tipo.
— Zé: "Ué, não tem banheiro não, Cidinho."
— Jão: "O que a gente pode fazer é… você se segurar na barra do barco e fazer o seu serviço lá."
Cidinho fez uma careta e olhou o barco balançando. “Vai que eu caio e não sei nadar... vai ser um desastre.”
— Cidinho: "Ah, não. Isso não vai rolar, não. Eu não quero cair no mar, e se eu não conseguir nadar?!"
— Zé: "Bom, e se a gente pegar um saco e você usar? A gente coloca o saco na bunda e faz o que tem que fazer..."
Cidinho olhou para os outros pescadores, desesperado, mas logo viu que eles estavam indo procurar os sacos. Porém, a busca foi em vão. O barco não tinha sacos.
— Jão: "Parece que não tem saco, Cidinho. Vai ficar difícil assim."
Cidinho ficou em pânico. “Eu não posso cagar no meio do mar, não! O que vão pensar de mim?” Ele olhou para os amigos e gritou:
— "E agora, o que eu faço?!"
— Zé: "Calma, calma. Eu tive uma ideia! Temos um cooler, não temos? Vamos tirar as bebidas, e você faz no cooler. Depois, a gente joga tudo no mar!"
Cidinho ficou chocado, mas não tinha outra escolha. Ele estava no limite, e os pescadores pareciam animados com a solução.
— Cidinho: "Vai ser horrível, mas não tem outro jeito!"
Os pescadores, com a animação da ideia, correram para pegar o cooler, e Cidinho já estava suando frio. Enquanto isso, ele pensava: “Eu realmente vou fazer isso? Vai ser a pior cagada da minha vida.”
Zé voltou com o cooler, e Cidinho, sem opções, retirou a cueca branca. Todos os pescadores estavam só de cueca branca, talvez por um motivo que Cidinho ainda não entendia direito, mas naquele momento, isso não importava.
— Cidinho: "Ai, que vergonha… mas já foi."
Então, ele se abaixou, se posicionou e… o silêncio do barco foi quebrado pelo inconfundível som de um “prrrrrr” vindo de Cidinho.
— Jão (rindo): "Hahahaha, Cidinho! Isso foi épico!"
— Zé: "Parece que a panela até ferveu, hein, Cidinho?"
Cidinho, desconfortável e totalmente sem graça, ficou lá, se aliviando. No meio do processo, pediu desesperadamente:
— "Gente, alguém tem papel higiênico?!"
Os pescadores procuraram e, claro, não encontraram nada. Então, Zé teve a brilhante ideia de dar um pano velho.
— Zé: "Olha, vai esse pano mesmo, não temos outra opção."
Cidinho, ainda em choque, pegou o pano e tentou se limpar. Ele não sabia o que era pior: o ato de cagar no cooler ou usar um pano velho para se limpar. O tempo parecia se arrastar.
Finalmente, depois de terminar, ele vestiu sua cueca branca novamente, ainda com a vergonha estampada no rosto. Foi quando, ao olhar para cima, um dos pescadores, o Jão, lembrou de algo crucial.
— Jão: "Ah, lembrei! A gente colocou uma câmera para filmar a pescaria. Vai estar tudo gravado!"
Cidinho olhou com olhos arregalados. "Não, não, não! Meus amigos vão ver isso!"
Era tarde demais. A história já estava no grupo do WhatsApp, com o título: “Cidinho, o Cagão no Mar”. Todos começaram a rir, e a partir dali, ele nunca mais foi o mesmo. O pesadelo de Cidinho no barco se tornou uma lenda que ele não podia esquecer.
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