Causos
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O Caos no Barco do Preta"
O sol castigava o rio como um forno natural, e o barquinho de alumínio balançava preguiçosamente nas águas barrentas. O grupo de pescadores — uma turma casca-grossa da beira do mundo — estava há dias naquela missão nada higiênica de pescar e beber sem estrutura nenhuma. Nenhum deles parecia se importar com o cheiro de peixe podre, suor e cerveja quente. Quer dizer... quase todos.
Igor, o mais azarado da turma, era conhecido entre os amigos pelo apelido “Preta”. E fazia exatamente três dias que Preta estava travando uma guerra corporal: caganeira, vômito, suadeira... parecia que tinha comido um baiacu mal passado. Pra piorar, o barco não tinha banheiro. E naquele momento, com o intestino pedindo socorro, ele estava só de cueca branca, suada e manchada da luta intestinal.
— Não dá mais, galera... Eu vou ter que ir agora! — gritou Igor, com os olhos arregalados e a mão apertando a barriga.
Antes que alguém dissesse qualquer coisa, ele deu um mergulho desajeitado no rio. A água espirrou pra todo lado, e o silêncio de segundos foi quebrado por risos explosivos. Igor flutuava ali, segurando numa corda, com uma cara de alívio celestial. A cueca branca boiava ao redor da cintura, visivelmente sofrida.
Foi então que Dudu, o mais sacana do grupo, sacou o celular.
— Oooo Preta tá cagando no rio! Olha isso, meu irmão! — ele dizia, rindo e apontando a câmera pro amigo, enquanto os outros se acabavam de rir ao fundo.
Igor olhou sério, meio indignado:
— Ô, Dudu, tá maluco? Tá me filmando cagando, véi?
— Relaxa, pô! É só entre os amigos. Vai ficar famoso no grupo do zap! — respondeu Dudu, gargalhando e fazendo zoom na cara de agonia do Preta.
Com mais alguns minutos de humilhação e bolhas no rio, Igor finalmente terminou o que tinha que fazer, nadou de volta e subiu no barco, pingando e triunfante.
— Rapaz... que alívio da porra. Cagão gostoso demais!
Os outros gritavam e batiam palma como se fosse um gol no final do segundo tempo. Mas antes que Dudu desligasse o vídeo, Igor olhou direto pra câmera com um olhar desafiador... e, do nada, meteu uma pegada firme no próprio pênis, tipo provocação mesmo.
— Tá aí, pra vocês que gostam de filmar os outros cagando! — disse ele, sem vergonha nenhuma.
A gravação acabou ali, entre gritos, gargalhadas e um "Mermãooooo!" vindo do fundo do barco.
Se quiser que eu transforme isso em roteiro, conto animado ou texto narrado estilo stand-up, posso também!
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