Causo

 

 Vez no Proctologista"

Era um dia normal, até que ele começou a perceber um desconforto. Um desconforto meio estranho, como se o corpo estivesse tentando enviar uma mensagem. Depois de alguns dias de dor e sangramento, ele finalmente se convenceu: tinha que ir ao médico.

— "Não tem jeito, mano, é melhor do que morrer de vergonha", ele pensou, enquanto ligava para marcar a consulta com o proctologista.

Chegando lá, o ambiente era até tranquilo, com uma sala bem simples, mas não tinha como negar que ele estava tenso pra caramba. A coisa toda de ir ao proctologista pela primeira vez era algo que ele só tinha visto em piadas e histórias de amigos — nada que ele tivesse imaginado acontecer com ele.

Ele entrou no consultório e se deparou com o doutor, um cara calmo e educado. O médico pediu para ele se deitar na maca de lado e já começou a explicar o procedimento.

— "Vamos ver como está a situação, não se preocupe, será rapidinho."

O cara, que até então estava achando que a coisa seria tranquila, ficou mais aliviado. Ele achou que era só uma olhadinha, talvez um toque aqui e ali, e logo estaria pronto para ir embora, com a dor do processo já superada. Ele pensou:

— "Pô, é só deitar de ladinho, o médico vai olhar o meu ânus e já era, né?"

Mas o destino, como sempre, pregou uma peça.

De repente, o médico pediu que ele se virasse para a posição de quatro. Ele ficou olhando para o médico, pensando se tinha escutado errado.

— "Como assim, de quatro?!", ele pensou, mas não teve coragem de perguntar. A vergonha já estava dominando. "Vai, cara, é só mais uma coisa... mais um passo na vida de adulto", ele pensou.

Então, ele se posicionou, com o rosto vermelhíssimo, tentando manter a compostura. O médico, já muito calmo, começou a explicar o que aconteceria a seguir:

— "Agora, vou fazer um toque retal para examinar a região e verificar se há alguma alteração interna."

O cara até tentou manter o semblante tranquilo, mas foi impossível. O toque foi, no mínimo, desconfortável. O tipo de desconforto que você não sabe se está sentindo ou se está tentando fugir da situação. "Que isso, bicho?!", pensava ele, mas o médico parecia tão calmo, tão profissional, que ele tentou segurar o máximo possível.

Mas, o pior ainda estava por vir.

— "Agora vamos fazer uma retoscopia", disse o médico, sorrindo tranquilamente, como se estivesse pedindo para ele tomar um café.

O cara quase desmaiou. Não era possível que ele tinha chegado até ali. Ele imaginou que a coisa seria bem mais simples, mas agora ele estava ali, exposto e com um aparato em um lugar que ele nunca imaginou. O procedimento foi mais dolorido do que ele jamais poderia descrever.

A retoscopia foi como se alguém estivesse usando uma máquina do tempo para entrar no corpo dele de um jeito completamente inesperado. Cada movimento parecia amplificado pelo desconforto e pela humilhação. Ele já estava arrependido de não ter lido mais sobre o procedimento antes de ter ido, mas aí não tinha mais volta. A sensação era uma mistura de dor física com um toque de humilhação psicológica que ele só conseguiria compreender naqueles minutos.

Quando o procedimento finalmente terminou, o médico tirou a câmera, fez algumas anotações e olhou para ele:

— "A situação está sob controle. Só um pouco de inflamação. Nada grave, apenas um pequeno ajuste na sua alimentação e uns cuidados com a saúde intestinal. Pode ir tranquilo."

O cara, sem saber se ria ou chorava, se vestiu rapidamente. Ele mal conseguia acreditar no que tinha acabado de acontecer. Estava vivo, mas exaurido. A dor física não foi nada comparado à sensação de ter sido invadido de um jeito tão direto.

Quando ele saiu da sala, o médico deu um sorriso amigável e deu-lhe as instruções para cuidados posteriores. O cara só conseguiu sorrir de volta, mas lá no fundo, a sensação de alívio e humilhação se misturavam.

Já na porta, ele pensou:

— "Nunca mais vou olhar para o meu intestino do mesmo jeito."

E assim, o "adulto" que ele imaginava ser se viu confrontado com a realidade de que, às vezes, a vida adulta exige momentos que são tudo, menos agradáveis. Mas pelo menos ele agora sabia que a saúde intestinal é algo que nunca se deve negligenciar.

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Fim!

Essa história foi exagerada e humorada para dar um tom mais leve e engraçado à situação, mas é claro que em situações reais é importante sempre consultar um médico profissional! Se precisar de mais alguma coisa, só avisar! 😄