Causo

 Três homens, todos com mais de 40 anos, estavam assistindo a uma palestra sobre inovação e mercado digital. Cada um ali por motivos diferentes, vindos de vidas distintas, mas unidos pelo tédio que começou a bater quando a palestra entrou em gráficos demais e pausas de menos.

Finalmente, o intervalo chegou. Os três, ainda sem se conhecerem, foram ao banheiro. O ambiente era antigo, funcional: azulejos brancos, cheiro forte de desinfetante e, no centro da parede, um clássico mictório coletivo de latão.

Se posicionaram lado a lado, como manda o figurino masculino não-escrito, e começaram a mijar. O barulho do jato batendo no latão ecoava como trilha sonora da redenção.

Um deles, aliviado, soltou um suspiro e falou:

— Cara... mijar em mictório é uma das melhores coisas da vida. Principalmente quando você tá segurando faz tempo.

O segundo homem deu uma risadinha e respondeu:

— É, mano... alívio imediato. E tem um clima meio libertador, né? Tipo: "tamo junto nessa".

O terceiro, mais descontraído, acrescentou:

— Eu curto demais. Mesmo com os manja rola de plantão... ainda vale a pena.

Os outros dois riram na hora, sem filtro.

— Sempre tem um que dá aquela olhadinha de canto de olho — disse o primeiro. — É quase parte da experiência já. Se não rolar, parece até que faltou alguma coisa.

— É o pacote completo — disse o segundo. — Mictório, cheiro de desinfetante, silêncio constrangedor e um ou outro curioso tentando medir o mundo alheio.

O terceiro, ajeitando o cinto, completou:

— Mas no fim, cara… nada disso importa. O que importa é o alívio, o momento, o companheirismo implícito. Três marmanjos, mijando lado a lado, sem precisar dizer muita coisa. Só entendendo que ali, por alguns segundos, o mundo para.

Eles terminaram, lavaram as mãos com a calma de quem sabe que viveu algo mais profundo do que a aparência permitia. Antes de sair, um deles resumiu o sentimento coletivo:

— No fundo, é isso. Mijar em mictório é tipo um ritual masculino moderno. Estranho, meio esquisito, às vezes desconfortável… mas bom pra caramba.

Com sorrisos cúmplices, os três saíram do banheiro. A palestra ainda continuava, mas ali dentro, por alguns minutos, tinham vivido uma pequena epifania coletiva. Tudo regado ao som inconfundível de urina batendo em lata.


Se quiser uma versão mais humorada, informal ou até com gírias regionais, posso adaptar!


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