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Dia em que Mediram Pinto na TV
Era 2001. O Brasil vivia dias intensos: CPM 22 estourava nas rádios, a internet ainda fazia barulho de fax, e o Programa do Ratinho… bem, o Ratinho estava no auge da sua fase “vale-tudo”.
E foi nesse clima de criatividade duvidosa que um belo dia alguém na produção do programa deve ter levantado a mão e dito:
— E se a gente medisse o tamanho do pinto do brasileiro AO VIVO?
Silêncio. Um segundo depois:
— Genial. Vai ao ar quinta-feira.
Dito e feito. Montaram uma barraca no meio da rua em São Paulo, com uma placa convidando os homens a entrarem para medir o... patrimônio. Sem truque, sem censura, só uma fita métrica e coragem. O público? Quem estivesse passando pela calçada.
Claro que tudo era filmado com “discrição”. Os voluntários apareciam apenas de costas, como se isso anulasse o constrangimento de mostrar o pênis para um repórter da televisão em plena luz do dia.
Entre os heróis anônimos que aceitaram o desafio, dois se destacaram na reportagem.
O primeiro era um loirinho magrelo, jeito tímido, entrou na barraca com a cabeça baixa e o coração apertado. Lá dentro, silêncio total. Ele mostrou o instrumento ao repórter, que manteve a compostura britânica de um médico do SUS. Nada o abalava. Ao saírem da barraca, veio o anúncio:
— Quatorze centímetros! Média nacional!
O rapaz deu um meio sorriso de alívio. O Brasil respirava com ele.
Mas aí veio o segundo concorrente.
Um homem negro, corpulento, daqueles que já chega sorrindo como quem sabe o que está por vir. Entrou na barraca como quem entra em casa. Quando o conteúdo foi revelado, o repórter, que antes parecia um monge zen, soltou um espontâneo:
— Nossa Senhora!
O homem caiu na gargalhada e emendou:
— Gostou?
O repórter não sabia se respondia ou ligava pro IBGE.
Na saída, o resultado veio como se anunciassem o campeão de um torneio:
— Vinte e dois centímetros. Acima da média!
O homem saiu da barraca como um vitorioso. Estufado, feliz, quase pedindo uma estátua em praça pública. A equipe aplaudiu. O Brasil... bom, o Brasil também riu, porque naquela época, isso ainda passava na TV às 6 da tarde.
Fim da matéria.
E assim, em plena luz do dia e com uma fita métrica como protagonista, o Ratinho conseguiu o que queria: audiência, polêmica e mais um capítulo memorável da história surreal da televisão brasileira.
Se quiser, posso dar título alternativo, fazer uma versão com narração estilo stand-up, ou até adaptar para um vídeo de TikTok ou Reels com roteiro falado. Quer seguir por algum desses caminhos?
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